LIDE A PÉ

O QUE É A LIDE A PÉ?

A tauromaquia é uma das mais belas componentes das Festas da Moita de Setembro.


Nela se destaca em especial o toureio a pé.

Os touros podem alternativamente ser “lidados” por um toureiro a pé (embora isto seja menos comum nas touradas portuguesas), que também crava as bandarilhas, um par em simultâneo, no dorso do touro. Outra faceta da lide a pé envolve o uso de uma pequena capa (a muleta) e de um estoque. Em Portugal é proibida a morte do touro na praça (com excepção da vila de Barrancos), mas noutros países a lide a pé culmina na morte, por estocada, do animal.

VESTUÁRIO?

O vestuário de um novilheiro, basicamente é com um traje a rigor de um festival taurino, roupa escura (podendo ter brilhantes e uma camisa branca. O novilheiro (para alem do da lide a cavalo) é o único que utiliza mais adereços, na tauromaquia. Tendo cada um o seu significado. Sendo eles a moleira (mais comum como boné/chapéu), muleta (mais comum como a capa que utilizam para tourear o touro) e a espada/farpas.



COMO SE REALIZA:

A lide a pé realiza-se em três etapas:

  1. O toureiro lida com o touro com a sua muleta (ou capote), com o objectivo de testar a sua bravura.
  2. O toureiro agora possui as farpas (sendo comparado com uma espada mas colorida e sem pega), bandarilha o touro, tendo técnicas específicas e pontos de colocação. Se a sua actuação for brilhante, pode pedir autorização ao chefe do espectáculo para que lhe autorize mais uma tentativa mas com a espada (neste caso só acontece em Espanha e noutros países, excluindo Portugal).
  3. Nesta ultima fase do seu espectáculo o novilheiro oferece a sua última lide a uma pessoa que esteja presente no público. Sendo já uma tradição entre os novilheiros, o novilheiro atira a sua moleira para o centro da arena. Se a moleira estiver virada para cima é sinal de sorte e a sua ultima lide será a melhor de todas, se estiver virada ao contrário, significa azar, aqui o novilheiro irá ter bastante receio na sua última lide.


MANOBRAS:

Natural: Segura-se a muleta com a mão esquerda sem o estoque. Procura-se a distância do toiro, adianta-se o engano e quando o toiro arranca tira-se a perna direita para romper a trajectória rectilínea da rês. Deixa-se correr a mão para a investida ser o mais longe possível, tendo em conta que o remate tem que ser sempre por baixo.
Estatuário: O toureiro fica quieto e levanta o engano para que o toiro passe.

Trincherazo: Realiza-se com a direita e com a esquerda recortando a investida do toiro com um muletazo por baixo para submeter o astado.
Derechazo: Utiliza-se a mesma técnica do natural mas a muleta segura-se com a mão direita e com a espada montada.
Sorte Natural: O matador sai entre as tábuas e o toiro.
Sorte Contraria: O toiro passa entre as tábuas e o toureiro.
Passe de peito: è a consequência dos anteriores. Depois dos naturais o toiro ganha terreno e fica curto. Tem que se esvaziar a investida da rês (que vem por cima) com este tipo de passe.
Volapie: O Toureiro arranca para o animal. Utiliza-se para estoquear toiros parados. È a sorte mais habitual.
Recebendo: è a forma mais primitiva de matar os toiros. Quando a rês tem força para arrancar ao cite, o matador coloca-se a uma distancia adequada e na prolongação do píton direito, com a muleta ligeiramente dobrada, a mão direita que leva o estoque junta ao peito e o cotovelo a altura do peito.
Alguns tipos de estocadas: